TRADUZA AS FLORES...
Me Sigam as Boas Flores...
31 de jul. de 2006
INJUSTIÇA
Quando o Amor é demais
não é justo dizer.
Quando a dor é demais
não é justo gritar.
Quando o horror é demais
não é justo sofrer.
Quando a guerra ataca
não é justo morrer.
Quando a criança chora
não é justo deixar.
Quando o pai não tem pão
não é justo acontecer...
E vem o pranto, sem lágrimas
O grito sem razão
A palavra trancada
Dentro do coração
E a injustiça dos homens
Que nunca pede perdão
A todos os inocentes
Que sangram descompaixão.
By@
Anna D'Castro
(D.A.Reservados)
23 de jul. de 2006
POEMAS CRISTALIZADOS
Poemas inacabados
são males guardados
dentro das gavetas do cérebro
trancados em humores calcificados.
- Às vezes fico doente
quero expelir a razão acumulada.
- Às vezes perco a razão
as palavras ficam encravadas
teimando em não se soltar.
- Às vezes sinto tristeza
há poemas presos
ameaçando invadir dias sombrios
como quem quer tirar a solidão
das amarras da angústia
das garras da depressão...
Os poemas se grudam em palavras
como árvores plantadas em areias movediças
no meio dum seco deserto.
Mas as palavras se secam
no canto dos olhos
querendo soltar o poema
no silêncio sozinho da noite
como se o poema fosse
apenas um belo cristal
caído duma lágrima doce.
by@
Anna D'Castro
(D.A.Reservados)
do livro REVELAÇÕES
18 de jul. de 2006
AQUELA VOZ
16 de jul. de 2006
DESFOCADO
15 de jul. de 2006
O SILÊNCIO DAS HORAS
A pedra que é meu corpo
teima em não se deixar cair
no charco da vida
nem deixar-se arrastar
pela brisa que rege
o destino das horas paradas
duma vida sem luz.
Estendo as mãos buscando...
mas só encontro trevas...
Escuto o Silêncio das Horas
no longo tempo de espera
pela realidade ou quimera
que teima em não regressar.
Silêncio ou Verdade?
Quimera ou realidade?
Meu Amor como demoras.
Vem...
Com o Silêncio das Horas!
By@
Anna D'Castro
(D.A.Reservados)
4 de jul. de 2006
CONFRONTO...
Por vezes sou chôro
Por vezes sou riso
Por vezes sou lágrima
Outras paraíso.
Por vezes me encanto
Por vezes me enamoro
Por vezes me desencanto
Outras me desespero.
Tantas vezes eu sonho
Outras tantas acordo
Quantas vezes suponho
Ficar em desacordo.
Por vezes sou rio
Querendo a foz
Por vezes sorrio
Mas sou meu algoz.
Por vezes eu quero
Por vezes eu vou
Quando considero
Que o tempo passou...
By@
Anna D'Castro
(D.A.Reservados)
do livro Revelações
3 de jul. de 2006
BEIJOS SAUDOSOS
Saudades daqueles beijos molhados
que aqueceram meu corpo
sedento de amor.
Saudades daqueles beijos molhados
que encheram de paz
as entranhas do meu ser.
Saudades daqueles beijos molhados
que lavaram minha alma carente
com tanto carinho e emoção
adoçaram com seu mel
meu amargurado coração.
Beijos lembrados
jamais esquecidos!
Beijos brindados
com champanhe ou licor
Em nossas bocas sedentas,
são o néctar do amor!
By@
Anna D'Castro
(D.A.Reservados)
do livro "REVELAÇÕES"
1 de jul. de 2006
AUSÊNCIA
Dois corpos nús
na chuva se amam.
Corpos molhados,
entrelaçados...
Murmúrios de delírio e paixão.
O vento sussura baixinho
e os corpos se estremecem.
Momentos mágicos de emoção,
ilusão e paixão.
Os corpos nús
na chuva se amam
esquecidos do mundo
que teima em girar
ao redor.
Ausência inconstante
de delírios abstratos,
anseio de sonhos
resto de recordações encenadas
no palco dum tempo
que expirou na vida...
No palco da vida
só a paisagem importa...
mais nada!
E os corpos nús
se amando na chuva
ausentes da vida
que teima em passar...
By@
Anna D'Castro
(D.A.Reservados)
APELO...
APELO
No vazio do meu quarto
eu sinto a falta do teu corpo
meu amor!
Na minha cama,
vazia de amor,
eu sinto a falta do teu corpo
meu amor!
No vazio da minha vida,
vazia de amor,
eu espero por ti,
meu amor!
Na solidão dos dias
vazios de amor,
estou só, tão só,
meu amor...
... vem!
By@
Anna D'Castro
(D.A.Reservados)
do livro "Aquela Voz"
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