TRADUZA AS FLORES...
Me Sigam as Boas Flores...
24 de out. de 2009
PEDAÇOS DE MIM
Foto-Imagem de Nuno Belo
Não tenho medo da solidão
Porque me divido em pedaços
Várias metades dum todo
Vários todos por onde me arrasto...
Tem metades em silêncio
Outras gritando verdades
Tem umas querendo partir
Outras insistem em ficar.
Quando as palavras invadem
A raíz do pensamento
Há metades que se calam
Outras instigam o vento...
Sempre que pedaços dispersos
Se encontram em (re)união
A saudade bate forte
E se transforma em vulcão.
Correndo como água bravia
Levando meu rio pra foz
Sou metade fugidia
Outra... uma casca de noz.
Na longa estrada da vida
Sou passageira errante
Metade de mim é nascente
Outra metade é jusante.
Quando o amor se entranha
No coração turbulento
Metade de mim é paixão
Nos pedaços... Eu me invento.
By@
Anna D'Castro
(D.A.RESERVADOS)
*************
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
19 de out. de 2009
SE EU SOUBESSE...
Se eu soubesse o que não tenho
Qual o mal que me atormenta
Não andaria por aí errante
Numa ansiedade tão violenta.
Se eu soubesse o que não quero
Que quimeras são as minhas
Talvez castelos de areia
E o voar das andorinhas.
Se eu soubesse qual a sede
Que invade o meu deserto
Qual rio querendo a foz
E nada tendo por perto.
Se eu soubesse qual o medo
Que à noite me avassala
Penetrando em meu degredo
Enquanto o sono me embala.
Se eu soubesse qual a vida
Que me espera o amanhã
Não andaria tão perdida
Nem seria minha esperança vã.
Se eu soubesse... ai se eu soubesse
Para que vivo... para que luto
Talvez ainda pudesse
ViVer... apesar de tudo!
By @
Anna D’Castro
D.A.reservados
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Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
8 de out. de 2009
REFLEXO EM NOITE DE AMOR POÉTICO
Quando, no silêncio do meu quarto
Olho as paredes nuas... despudoradas!
Vislumbro a poesia em sombras... alongadas!
- A sedução do momento é mágica -
e na minha mente surge uma pergunta trágica:
- Poeta sou?... Logo, resisto!
E essa noite de magia enfeitiçada
que não me deixa dormir...
mas me permite vislumbrar o nada,
deixar meu pensamento correr veloz,
para meu corpo se estremecer sensual
e poetar contigo um amor feroz:
canibal, visceral e tão carnal...
Quero-me penetrar em tuas entranhas
sentir indecifráveis sensações
mesmo as mais estranhas,
enlear-me em tuas palavras gementes,
beber um néctar de beijos ardentes,
embriagar-me com teu perfume... inebriante,
lambuzar-me nesse corpo suado e palpitante
e depois dessa noite de poesia escaldante,
quero acordar no oásis da tua cama,
possuída pela poesia de que não desisto.
A madrugada invade o meu pensamento ainda em chama!
E com luxúria poética, divago e insisto
na pseudo-verdade do meu inflexo:
- Poeta sou?... Logo, resisto!
E com a poesia faço sexo
e me desconexo...
com todo o meu reflexo!
By@
Anna D'Castro
in REVELAÇÕES
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Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
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