Era uma noite prateada e fria
E enquanto a lua chispava estrelas
No silêncio do meu quarto
Minh'alma estava vazia.
E nessa noite insone e fria
Olho as horas que vão crescendo
Meus olhos se contorcem buscando
O sono que no sonho vai viajando.
Ao longe um rouxinol cantava
Um canto triste e dolorido
Depois voava... voava...
Em busca do amor perdido.
Rouxinol
tem alma de gente...
Mas
gente não é certamente
E
seu canto é um choro de pranto
Que
vai sumindo como um quebranto.
Enquanto
aquela voz se apagava
A
noite me esperava impaciente
E
minh’alma com a do rouxinol viajava
Pulsando
com o sangue numa artéria ardente.
Mas
a noite insone é tão longa e fria
Crava-me
de dúvidas e perguntas até amanhecer...
Desnudando
o sono da minh’alma vazia
Até
que cheguem as respostas que me irão adormecer.
By@
Anna D’Castro - (2013)
Todos Direitos Reservados
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.