
Tu, Mulher, que renunciaste: - ao carinho, - ao amor... escuta este poema que é pra ti.
Tu, que caminhando vais, em busca do passado... ou talvez do tempo!...
Mas, o passado não volta e o tempo demora.
A ti que olhando a Noite procuras o Sol... - Ele existiu e te abrasou.
A ti, que renunciaste, a ti Mulher só, eu fiz este poema, para que te não sintas tão só... como coisa deitada ao chão e que não presta!...... como folha caída espezinhada e varrida, no Outono!
A ti, Mulher só, na solidão da noite ou na alegria do dia, eu fiz este poema.
A ti, Mulher que renunciaste, escuta a minha prece. A prece de uma Mulher só... como coisa morta, afastada da vida, esquecida. Eu, como tu, renunciei: - ao amor, - à felicidade... que desejava de verdade!
Mas, tu Mulher, não estás só! Porque eu estou contigo e penso em ti; e venho dizer-te para que não renuncies, mas antes luta. Tens que lutar: - pela felicidade, - pelo Amor, - pela vida e... pelo carinho, desse Alguém que ao se afastar, te fez desesperar e te fez sentir também: - Só!... Nada... Ninguém!
By@ Anna D'Castro
do livro AQUELA VOZ