
Quando, no silêncio do meu quarto
Olho as paredes nuas... despudoradas!
Vislumbro a poesia em sombras... alongadas!
- A sedução do momento é mágica -
e na minha mente surge uma pergunta trágica:
- Poeta sou?... Logo, resisto!
E essa noite de magia enfeitiçada
que não me deixa dormir...
mas me permite vislumbrar o nada,
deixar meu pensamento correr veloz,
para meu corpo se estremecer sensual
e poetar contigo um amor feroz:
canibal, visceral e tão carnal...
Quero-me penetrar em tuas entranhas
sentir indecifráveis sensações
mesmo as mais estranhas,
enlear-me em tuas palavras gementes,
beber um néctar de beijos ardentes,
embriagar-me com teu perfume... inebriante,
lambuzar-me nesse corpo suado e palpitante
e depois dessa noite de poesia escaldante,
quero acordar no oásis da tua cama,
possuída pela poesia de que não desisto.
A madrugada invade o meu pensamento ainda em chama!
E com luxúria poética, divago e insisto
na pseudo-verdade do meu inflexo:
- Poeta sou?... Logo, resisto!
E com a poesia faço sexo
e me desconexo...
com todo o meu reflexo!
By@
Anna D'Castroin
REVELAÇÕES*****************

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