(Severa canta o Fado - Quadro de Malhôa)
- É minha sina?
- Meu fado?
- Fadário?
- Sei lá!
Só sei que este meu penar
é apenas num momento!
Pego na pena
e deixo correr meu pensamento:
- É já poema!
A poesia flui:
- Dolente
lentamente
ou...
num instante!
- Noite alta
- Madrugada
- Noite escura.
- Poemas de amor
de amargura
angústia
ou...
solidão!
- Fito o alvorocer!
- O eterno nada
descansa em minha mão!
- E depois?
- Depois, as ideias se misturam
com pensamentos impotentes!
As imagens se desfocam...
Ao longe, oiço como um brado
os acordes dolentes
que gemem da guitarra
e uma voz bem timbrada
castiça e bizarra...
termina o último fado!
By@Anna D'Castro
(D.A.Reservados)
do livro Revelações
(Bairro de Alfama - Lisboa)

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